Pensando

Sair para um sorvete, pegar na sua mão sem querer… Imagens, toques, memórias que ficaram na pele…

O vento forte, o sol e este brilho que cega a vontade de ver o horizonte… ou além dele.

Havia naquele ponto a linha do meu futuro, sólido, forte e longo  até que a noite chegasse. Busquei o céu, que de tão alto fazia borbulhar as gotas de orvalho que o pensamento tocava. Busquei a memória, o tanto que ainda restava da exaustiva caminhada… Cansaço.

Saí por aí, encontrei amigos, brinquei, ri… pedaços de vida espalhados neste espaço de afeto, que amedronta, mas encanta.

Nesta disrritmia*  do coração só queria que fôssemos fotografados pelas retinas dos olhos lindos de quem amamos, sendo amados só por assim ser, aprendendo que apesar de longa, a noite conforta, porque existe a manhã!

* Disritmia, Martinho da Vila.